Dona Maria, moradora antiga do Morro do Perez informou que solicitou uma linha de ônibus em 2006 e até hoje não foi atendida – “Tenho dificuldades para subir e descer o morro, seria uma ótima solução a liberação de uma linha para cá”, afirmou.
Moradores da Rua dos Cajueiros, conhecida como Buracão, lamentaram o fato de que são obrigados a conviver com o risco de queda de árvores, lixo, entulho e falta de água – “Desde 2005 venho pedindo à Defesa Civil a poda dessas árvores e nada ainda foi feito, temo que elas caiam com os ventos fortes. Isso sem falar do lixo, que está desde sexta-feira sem ser recolhido. Não aguentamos mais tanto descaso, queremos mudança, e para melhor” – confessou o Sr. Fausto, também morador do Morro do Perez.
Também ficou constatada a necessidade de pavimentação em diversas áreas, pois segundo os moradores, quando chove o acesso ao morro fica complicado, impossibilitando até a chegada de serviços de emergência em alguns pontos. Segundo D. Tereza, “Quando chove nem os taxistas sobem aqui, e se alguém passar mal corre o risco de não ter ambulância”, desabafou.
Já no Morro da Fortaleza, os moradores se queixaram com Conceição dos problemas na área de saúde. Entre os muitos relatos que se repetem está o da falta de médicos, das filas e na demora para se marcar consultas nas unidades de saúde de Angra.
Outro fato que preocupa os moradores é a falta de cursos técnicos e superior no município. Dona Lúcia, moradora da comunidade lembrou das dificuldades para se manter um filho na faculdade, “Nossos filhos tem que se deslocar para outra cidade para que possam ter o privilégio de obter um curso superior. Fico indignada com esta situação, tenho que sustentar duas casas para que minha filha possa ter um estudo digno, fora o dinheiro gasto com as mensalidades do próprio curso. É realmente sufocante, mas infelizmente é a nossa realidade em Angra”.
0 comentários:
Postar um comentário