E assim, a presidente completou um ano de governo com 10 mulheres ocupando cargos de ministras. Esse número é o dobro do espaço dado a elas durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Quando tomou posse em 2003, o presidente nomeou
cinco ministras, entre elas a própria Dilma Rousseff. Ao final do seu segundo mandato, em 2010, esse número havia caído para apenas duas.
Ao contrário do governo anterior, no atual, a participação feminina só faz aumentar. O início do ano foi marcado pela nomeação de Graça Foster, primeira mulher a presidir a Petrobras, maior empresa do país.
“Esta talvez venha a ser a indicação mais importante da presidente Dilma Rousseff. Representa um grande avanço para as mulheres do Brasil e mostra que Dilma pretende mesmo fazer diferença quanto à questão da diferença de tratamento entre os sexos, especialmente nos negócios, onde a resistência a que mulheres ocupem os cargos executivos mais altos continua forte”, disse Kenneth Maxwell, historiador britânico, em artigo publicado pelo jornal “Folha de S. Paulo”.
Elogios
A ex-presidente do Chile e diretora executiva da ONU Mulheres, Michelle Bachelet, também não poupou elogios a Dilma. “Esse é um governo que tomou a decisão de colocar um número importante de mulheres ministras, um passo fundamental”. disse em entrevista ao jornal “Correio Brasiliense” no início do ano. “Atualmente, somamos 10 ministras de estado, sem contar os cargos de segundo e terceiro escalão”, lembra a ministra da Secretaria de Políticas para Mulher, Iriny Lopes.
América Latina
A ocupação de espaços do poder pelas mulheres não é exclusividade brasileira. Atualmente, a América Latina possui quatro mulheres no comando de suas nações: Cristina Kirchner, na Argentina, Laura Chinchilla, na Costa Rica e duas primeiras ministras no Caribe: Portia Simpson Miller, na Jamaica, e Kamla Persad-Bissessar, em Trinidad e Tobago.
“Creio que é um tremendo momento para que mais mulheres possam se incorporar a essa luta”, afirmou Bachelet, que também deu a elas grande espaço durante sua gestão no Chile.
Em 121 anos de República, o Brasil teve apenas 18 mulheres ocupando cargos ministeriais, sendo que 11 delas estiveram nos dois mandatos do presidente Lula.
O poder feminino em Brasília
- Gleisi Helena Hoffmann - Casa Civil
- Ana Maria Buarque de Holanda - Ministério da Cultura
- Tereza Campello - Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
- Izabella Teixeira -Ministério do Meio Ambiente
- Miriam Belchior - Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão
- Helena Chagas - Secretaria de Comunicação Social
- Maria do Rosário Nunes - Secretaria de Direitos Humanos
- Luiza Helena de Bairros - Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial
- Ideli Salvatti - Secretaria de Relações Institucionais
- Eleonora Menicucci – Secretaria de Políticas para as Mulheres
- Graça Foster – presidente da Petrobras
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