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4 de janeiro de 2011

Luiz Sérgio diz querer 'estender as mãos à oposição'

O novo ministro de Relações Institucionais, Luiz Sérgio Nóbrega (PT), assumiu nesta segunda-feira (3/1) a secretaria, que é ligada diretamente à Presidência da República. Em seu discurso, ele afirmou que a proposta da presidente Dilma Rousseff de estender as mãos à oposição será a diretriz da pasta.

"No seu discurso de posse no Congresso Nacional, a presidenta Dilma Rousseff reafirmou que tem o propósito de estender a mão aos partidos de oposição e às parcelas da sociedade que não estiveram conosco nesta recente jornada eleitoral. E essa será a diretriz desta Secretaria de Relações Institucionais", disse.

Luiz Sérgio recebeu o cargo de Alexandre Padilha, que deixou a pasta para assumir o Ministério da Saúde. Em seu discurso de transmissão de cargo, ele brincou ao comentar reações da imprensa a respeito de sua carreira política.

"Quando assumi a secretaria, um ano e três meses atrás, a notícia no dia seguinte era de que eu tinha perfil muito técnico e não daria certo em uma área eminentemente política. Agora, quando a presidenta Dilma me anunciou como novo ministro da Saúde, já disseram que eu sou 'político demais' para uma área tão técnica", disse.

O deputado Luiz Sérgio Nóbrega de Oliveira (PT-RJ) vai representar PT fluminense no governo federal. Nascido em Angra dos Reis em 9 de abril de 1958, e filho de lavrador, ele começou sua militância social em 1979, atuando na Ação Católica Operária e nas Comunidades Eclesiais de Base (Cebs). Nos anos 80, assinou a Carta de São Bernardo, um dos documentos fundamentais da criação do Partido dos Trabalhadores.

O novo ministro afirmou que a secretaria trabalhará a favor da reforma política, que ele disse considerar "uma necessidade", e disse que o papel da SRI será o de provocar o debate sobre o assunto até que ele alcance os partidos e a população.

"A reforma política é agua mole, que nós precisamos bater em pedra dura até que fure. É algo que nós precisamos acentuar, em todas oportunidades que tivermos, até que ela ganhe as ruas e o coração e as mentes dos brasileiros", declarou.

Em seu discurso, ele ressaltou o desafio de também buscar a reforma tributária. "A secretaria terá ainda especial atenção no estabelecimento de um diálogo com governadores, prefeitos e parlamentares, no sentido de ajudar na coordenação e aprovação de um conjunto de medidas modernizadoras no sistema tributário", disse.

Seguindo a linha de outros ministros que já assumiram as pastas, ele elogiou repetidamente a atuação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a vitória de Dilma Rousseff nas eleições. "A democracia do Brasil não foi dada, ela foi tomada. E vejo a eleição de Dilma Rousseff como um símbolo dessa vitória", afirmou.

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