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13 de janeiro de 2011

Dilma vê de perto tragédia das enchentes na Região Serrana

Nova Friburgo e Petrópolis resgatam corpos em meio a muita lama e destruiçãoPouco depois de sobrevoar a devastada Região Serrana do Rio de Janeiro nesta quinta-feira, a presidente Dilma Rousseff concedeu sua primeira entrevista coletiva no Palácio Guanabara, sede do Governo fluminense, prometendo desburocratizar a liberação de recursos e investir em prevenção.

A governante revelou que o processo de prevenção não é uma questão de Defesa (Ministério), mas de política habitacional.

"Qualquer pessoa que ganha até três salários mínimos não tem condições de garantir uma moradia em um local que não esteja em risco", declarou.

"Quem não tem condições até agora morava em fundo de vale, beira de rio e encosta de morro. Nós temos duas frentes para mudar essa realidade, saneamento combinado com drenagem e prevenção nas encostas de morro", complementou.

Solidária às famílias vítimas das enchentes que até agora já causaram mais de 444 mortos em Petrópolis, Teresópolis, Nova Friburgo e arredores, Dilma prometeu atendimento aos desabrigados, como remédios e tratamentos na área de saúde, para permitir que seja reduzido o sofrimento dessas pessoas.

A presidente anunciou que os desabrigados estão sendo cadastrados e todos vão receber o aluguel social. Números preliminares desta quinta-feira, como detalhou o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, com quem Dilma concedeu entrevista conjuntamente, indicam que 5 mil famílias receberão o benefício.

Além disso, a governante comunicou o adiantamento dos pagamentos do Bolsa Família e também do Benefício de Prestação Continuada (BPC).

"Infelizmente, moradia em área de risco no Brasil é regra. Progressivamente, nós temos feito mais investimentos para mudar essa realidade", declarou, citando as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do programa habitacional Minha Casa Minha Vida.

Antes da entrevista, a presidente participou de uma reunião com diversos ministros que a acompanharam na viagem e os prefeitos de Petrópolis e Teresópolis.

Com relação ao sobrevoo e sua passagem por Nova Friburgo, a presidente falou que viveu "momentos dramáticos e cenas fortes", acompanhando "o visível sofrimento das pessoas".

Como em outras ocasiões, Cabral criticou a ocupação de áreas irregulares, mesmo tendo admitido que esta tragédia se abateu também em localidades não ocupadas.

Para combater essa situação, o governador pretende lançar em breve um programa chamado "Morar Seguro", avaliado em R$ 1 bilhão, com recursos que podem vir do Banco Mundial ou até mesmo do Governo Federal.

Cabral falou ainda sobre a ampliação do número de cidades afetadas - além de Nova Friburgo, Petrópolis e Teresópolis, os municípios de São José do Vale do Rio Preto, Areal e Sumidouro também foram atingidos.

"Apelo a todos que tenhamos coragem, educar é dizer não. Aqui não pode construir", reiterou Cabral.

Por último, Dilma dirigiu uma palavra às pessoas que perderam seus entes queridos.

"É, de fato, uma grande dor. Dirijo às famílias atingidas a minha integral solidariedade", declarou. EFE

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