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15 de maio de 2012

Comissão debate a violência contra crianças e adolescentes

A Comissão de Defesa dos Direitos da Infância e Juventude da Câmara dos Vereadores Angrense, presidida pela Vereadora Lia, promoveu nesta nesta terça-feira (15/05), no Plenário Benedito Adelino, uma reunião que discutiu a questão da violência sexual contra crianças e adolescentes, cuja data alusiva acontece no próximo dia 18. O encontro contou com representantes das Secretarias municipais de Ação Social, de Educação e do grupo Mulheres Comunitárias em Ação

A psicóloga Alessandra Faria, da Coordenação de Apoio às Família, destacou em sua fala que meninas que sofrem violência crescem e se tornam mães. Ela lembrou também que normalmente as agressões são feitas por pessoas próximas, na maioria das vezes os próprios pais. "O encaminhamento é feito pelos próprios professores quando eles notam sinais de violência nos alunos", segundo ela sinais de violência podem aparecer na questão da agressividade das crianças, na frequência escolar e na queda de rendimento.

Alessandra garantiu que a partir do momento em que chega a denúncia de que uma criança é vítima de violência sexual uma equipe da Coordenação investiga. Ela destacou também que há em Angra exploração sexual de crianças e adolescentes, em especial porque Angra é uma cidade turística e o jovem é corrompível, em especial por conta dos impulsos de consumo. "Um dos maiores sintomas de que uma criança possa estar sofrendo exploração sexual é quando o jovem aparece com roupas ou dinheiro que não são compatíveis com a realidade da família", concluiu a psicóloga que lembrou também que devemos ficar atentos com estes sinais.

As também psicólogas, Renata e Clarissa, do Centro de Referência Especializado em Ação Social, da Secretaria municipal de Ação Social, detalharam o trabalho dos CREAS em Angra dos Reis. Segundo Clarissa, o maior número de casos que chegam às unidades é a violência sexual feita por membros da própria família, o que acarreta uma série de problemas para a própria criança, já que muitas vezes por conta da denúncia, a criança acaba privada do próprio lar e muitas vezes, por causa da reclusão, a família acaba perdendo seu provedor.

Renata destacou que a maioria dos casos são notificados através do Conselho Tutelar ou diretamente pela Delegacia e que caso haja a confirmação de estupro, um médico deve ser procurado. Um outro caminho é o Disque Denúncia Nacional, ou Disque 100, um serviço de proteção de crianças e adolescentes com foco em violência sexual, vinculado ao Programa Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidencia da República.

A Vereadora Lia destacou que Angra precisa de uma maior atenção dos poderes público em algumas áreas que recebem muitos adolescentes, em especial no Cais de Santa Luzia, onde casos de prostituição e tráfico de drogas já foram registrados. "Nós vamos fazer um relatório com os vários  problemas relatados à Comissão e apresentar para o executivo municipal para que providências sejam tomadas", finalizou Lia.



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