O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar ontem (25) governos passados pela falta de políticas para a indústria naval, setor que quase foi à falência durante o governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). O presidente ressaltou que, caso o Brasil não tivesse reativado o setor desde 2003, teria hoje um déficit externo adicional de US$ 8 bilhões só por conta dos fretes.
Numa indireta ao governo FHC, Lula disse que "alguém tinha tomado a decisão de que os trabalhadores brasileiros não estavam qualificados para construir navio, sonda, plataforma. E alguém tomou a decisão que era mais fácil comprar em Cingapura, Coreia, Noruega". As declarações foram feitas em cerimônia de lançamento ao mar do navio Jatobá, no estaleiro Eisa, na Ilha do Governador, Rio de Janeiro.
O Jatobá é uma das sete embarcações que a Log-In - empresa controlada pela mineradora Vale - encomendou ao Eisa, totalizando R$ 1 bilhão em investimentos até 2012. Eles serão usados para navegação de cabotagem, ou seja, para transporte na costa brasileira.
O deputado Luiz Sergio (PT-RJ) enfatizou que no governo FHC, o setor empregava pouco menos de 2 mil pessoas e foram demitidos foram 35 mil trabalhadores. Com a prioridade conferida pelo governo Lula á indústria naval, o setor emprega hoje cerca de 45 mil trabalhadores, sem falar dos empregos indiretos gerados pela atividade. Temos hoje o resgate da indústria naval, com profissionais qualificados na área; e a tendência é aumentar muito mais", completou Luiz Sergio.
Já o deputado Luiz Alberto (PT-BA) lembrou que o governo FHC provocou o sucateamento de todo o setor naval no Brasil. "As melhorias dos portos e a construção de navios , avanços conseguidos no governo Lula, são medidas fundamentais para garantir o escoamento da produção brasileira", disse.
A reativação da indústrial naval ocorreu por meio de iniciativas como o Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro (Promef), de 2004, Lula disse que "é muito importante" que a construção de navios venha sendo feita inteiramente em solo brasileiro, porque significa não apenas geração de emprego e renda, mas também consumo de matéria prima local (aço) e estímulo à atividade econômica em geral.
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