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28 de julho de 2010

Dilma diz que Lula também foi alvo de campanha e de oposição 'ferrenha'

A candidata do PT à Presidência da República afirmou nesta quarta-feira (28) que seu adversário José Serra (PSDB) usa a "tática do medo" contra a sua campanha e afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva também foi alvo de estratégias parecidas. Ela criticou diretamente o DEM, partido que integra a coligação com o PSDB, de ter promovido a "campanha e a oposição mais ferrenha".

Desde 19 de julho, José Serra e o seu candidato a vice, Indio da Costa (PSDB), acusam o PT de ter ligação com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia. Além disso, Dilma também relaciona a essa "tática do medo" as acusações tucanas de que o PT tenha elaborado dossiês contra adversários.

“Não é só visível a tática do medo, como ele adotou essa tática em 2002. Nós todos temos memória”, disse a candidata durante entrevista para a Rádio 96 FM, de Natal. Dilma afirmou que “recorda perfeitamente” do programa eleitoral do PSDB na televisão no qual uma atriz declarou apoio aos tucanos e disse que tinha medo da vitória de Lula.

“Essa repetição dele (José Serra) é baseada primeiro em acusações absolutamente irresponsáveis e infundadas. Eu acredito que esse nível de campanha não interessa a quem tem projeto como nós”, afirmou.

Lula alvo

A candidata relacionou a forma como a campanha eleitoral adversária é conduzida com a maneira como a oposição se comportou durante o governo Lula. “São todas acusações completamente infundadas, sem base real nenhuma e sem provas. Que é o mesmo tipo de acusação que faziam e que ele fez em 2002 para o Lula", disse.

"Eles fizeram uma oposição, inclusive o DEM, partido com o qual eles fazem a coligação, aqui representado pelo senador Agripino, eles fizeram em relação ao presidente Lula a campanha e a oposição mais ferrenha que você pode imaginar. Inclusive, em muitos momentos, não era só criticas ao governo. Criticavam a própria pessoa do presidente.”

Para exemplificar o que considerava como "oposição dura", ela lembrou que o DEM entrou com ação de inconstitucionalidade contra o ProUni e diz que o partido classificou o Bolsa Família como esmola.
São todas acusações completamente infundadas, sem base real nenhuma e sem provas. Que é o mesmo tipo de acusação que faziam e que ele (Serra) fez em 2002 para o Lula"

Dilma Rousseff

Dilma afirmou ser constrangedora a situação dos adversários que, com a aproximação da eleição, começam a "se fingir de muito razoáveis". Segundo ela, os opositores buscam passar outra imagem para os eleitores diante dos índices de aprovação do presidente e do seu governo.

"Carta compromisso"
Dilma negou que esteja planejando lançar um documento semelhante à Carta ao Povo Brasileiro, divulgada por Luiz Inácio Lula da Silva na campanha de 2002.

Ela afirmou que haverá uma carta-compromisso, que será a apresentação das diretrizes do programa de governo, com as contribuições dos partidos coligados.

"Essa carta-compromisso é o programa de governo, porque nós colocamos um programa provisório. Porque como a questão do registro e das coligações foi fechada já no final, perto do registro da campanha, nós não tínhamos integrado todas as propostas dos diferentes partidos (da coligação)", disse Dilma.

"A partir daí, vamos fazer uma carta-compromisso que reflita os nossos compromissos desta coligação", afirmou, negando qualquer semelhança entre os documentos.

"A maior carta aos brasileiros é o governo do presidente Lula, que eu tive a honra de participar por cinco anos e meio, como coordenadora e nos outros anos como ministra de Energia", disse.

Fonte: G1

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