A situação dessas mulheres foi um dos temas do 1º Seminário Nacional de Empoderamento das Mulheres Negras, que terminou nesta semana, em Brasília.

"Como o ambiente em que elas trabalham é privado, não há como ter fiscalização para verificar as condições do local e como trabalham", explica.
Esses direitos começam a ser desrespeitados, segundo ela, no primeiro momento, quando os patrões têm que assinar a carteira. "A carteira assinada foi a primeira conquista que nós alcançamos, há 36 anos. No Brasil, há mais de 8 milhões de trabalhadoras domésticas, mas apenas 2 milhões tem carteira assinada. Mesmo assim, há empregadores que assinam mas não que contribuem com a Previdência", diz Creuza. A violência sexual e o assédio moral são outras das violações que se seguem segundo ela. A falta de espaço para as mulheres negras na vida política também foi tema do seminário. Para a reitora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia, Aurina Oliveira Santana, a capacidade de ter o poder de decisão da mulher negra na sociedade passa por duas
questões. "A primeira delas é a formação política. Precisamos que as mulheres marquem presença nos seus partidos sim. E precisamos afirmar nossos espaços". Para isso, na opinião de Aurina, é preciso oferecer mais formação às negras. "A formação é a base para que essas mulheres possam se empregar e o resgatar sua auto estima. Precisamos ter uma elevação de escolaridade",conclui.
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