
problema da Violência contra a mulher, não adianta apenas criar um mecanismo, tem que se estruturar um sistema em rede que funcione, com psicólogos, assistentes sociais e tratamentos para o alcoolismo e o uso de drogas, entre outros tópicos.
O Delegado Francisco Benitez, titular da 166ª DP, comentou sobre a falta de estrutura que enfrenta na Delegacia de Angra, e afirmou que tem como objetivo criar, junto com a Prefeitura, um núcleo, que contará com diversos profissionais que poderão filtrar e encaminhar para os órgãos competentes, pessoas que sofram algum tipo de violência doméstica.
Outra questão levantada por Benitez foi a importância dos CREAS, Centros que fazem atendimentos não só das mulheres, mas as famílias como um todo. O Delegado revelou que, sempre que possível, prefere encaminhar as famílias a estes Centros de Apoio, já que em muitos casos, prender um agressor pode aumentar ainda mais o problema familiar. “A pessoa que mais me preocupa é aquela mulher que não exige nada e fica quietinha” confidenciou o delegado ao falar das denuncias.
A Secretária de Ação Social de Angra dos Reis, Célia Jordão, além de aproveitar o espaço para destacar a sua atuação frente ao órgão, mostrou os números de atendimentos em 2008 e nos diversos núcleos de ampliação de Cidadania, que a Secretaria tem pelo município.
Após as falas introdutórias, a Vereadora Maria do Carmo Aguiar, a Lia iniciou o debate que teve como o foco principal a questão da Delegacia da Mulher e a Delegacia Legal. O Delegado Benitez confirmou a informação de Maria da Penha, que disse que há uma verba de R$300 Mil para a construção e implementação da unidade, mas lamentou o fato de que a instalação esbarra na questão da carceragem, que ainda não tem local para ser construída.
Durante o debate, Lia destacou o trabalho da Pastoral da Fraternidade, ligada a Igreja Católica, que este ano trabalha em sua campanha da fraternidade a questão da violência e frisou a importância da união entre Legislativo, Judiciário e Executivo para acelerar a materialização da Casa de Custódia e trazer a Delegacia Legal para Angra. “o que não podemos é permanecer com o quadro que temos hoje, 3 policiais civis na delegacia, sendo que um deles é o delegado.”

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